quarta-feira, 19 de agosto de 2015

OFICINA: BRINCAR, CANTAR E CONTAR HISTÓRIAS

A IMPORTÂNCIA DESTAS ATIVIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

        A Secretaria de Educação através da Coordenação da Educação Infantil organizou no mês de julho uma oficina para confecção de materiais que serão utilizados na contação de histórias nos Centros de Educação Infantil.
         Durante o trabalho prático professores foram convidados a refletir sobre a importância do brincar na infância para o desenvolvimento integral da criança. 
      Brincar é diversão? Sim, mas não é só isso. Tem muito mais por trás de um jogo, de uma brincadeira de pega-pega, por exemplo. Estimular e proporcionar momentos para o brincar é essencial e fundamental para que a criança se desenvolva integralmente. Muitos adultos ainda pensam que brincar é perda de tempo. Pensando desta maneira, acaba criando um planejamento de trabalho muito formal para a criança, essa visão distorcida prejudica o desenvolvimento de forma ampla.
        Ao brincar a criança tem a oportunidade de começar e de controlar cada parte de sua atividade sem que ninguém lhe diga o que fazer. Brincar permite pensar sobre o mundo ao seu redor, desenvolvendo a autonomia. O brincar é uma das formas de despertar na criança habilidades que ela mesma desconhece. Ao brincar a criança explora o mundo e aumenta sua capacidade de perceber a si e ao outro.
       Os momentos de brincadeiras promovem o autoconhecimento corporal, fazem com  que a criança conheça seus limites e potencialidades, estimulam competências socio-emocionais, ajudam a moldar o cérebro, fortalecendo-o em todos os aspectos e fortalecendo também as relações socioafetivas. A criança aprende a ouvir, a relacionar-se , a respeitar aceitando as diferenças, desenvolvendo a atenção e o autocontrole. Brincar dá prazer, fortalece a saúde emocional e  incentiva o trabalho em equipe.
      Ao entrarmos no mundo da fantasia, seja com brincadeiras, músicas ou contando uma história proporcionaremos às crianças momentos de alegria e descontração, além de desenvolver valores, como respeito, amor ao próximo, controle emocional, etc.


Algumas sugestões para utilizar ao contar histórias:

  • Conheça a história antes de contá-la, senão ficará superficial, distante e sem emoção. A criança sente isso! Ao contar uma história é permitido sussurrar, falar alto, fazer caretas, entonação de voz diferente conforme a situação ou personagem, deixar o corpo fazer sua linguagem expondo os movimentos narrados;
  • Use todos os recursos possíveis, mas deixe a criança soltar a imaginação;
  • Lembre-se sempre que muito mais do que prender a atenção, a história precisa encantar, por isso muito cuidado, tenha sempre a história adequada  para cada faixa etária;
  • Procure diferenciar os personagens, interpretando cada um com suas particularidades, seja de fala, gestos, etc;
  • Conte história todos os dias, independente da faixa de idade das crianças;
  • Ao contar histórias, proporcione um ambiente agradável, deixe as crianças à vontade;
  • Escolha o repertório certo,  que envolva as crianças, antes mesmo de abrir o livro ou utilizar algum outro recurso, escolha sempre um tema que seja do interesse delas;
  • Conte e reconte as mesmas histórias.


     Sabemos a grande importância das atividades lúdicas, envolvendo jogos, brincadeiras, brinquedos, contação de histórias e músicas para o desenvolvimento cognitivo e intelectual de cada criança. Desta forma esperamos que o professor tenha consciência acerca da importância do seu total envolvimento e interação nos momentos de brincar, cantar, ouvir músicas e contar histórias para dessa forma proporcionar o efetivo desenvolvimento deste ser humano que é a criança em todos os aspectos.

"O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imagiar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode nascer dum texto!" (ABRAMOVICH, 1995, p. 23)

Referência:

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.










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